Dra Luciara Batista — Ginecologista e Obstetra

Influência do tabagismo na saúde da mulher

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o tabagismo mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano, entre fumantes e não-fumantes expostos à fumaça. E cerca de 20% dos fumantes no mundo são mulheres.

Estudos mostram que fatores como estresse, dupla jornada de trabalho, violência doméstica e até mesmo a baixa autoestima podem influenciar no consumo de cigarros pela população feminina.

Principais riscos do tabagismo para mulheres

O tabagismo é um fator de risco para aproximadamente 50 doenças, entre elas as que mais causam mortes entre mulheres (doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias). Entre os principais problemas de saúde em meio a população feminina que recebem influência do consumo de tabaco, podemos citar:

Acidente Vascular Cerebral: também conhecido como “derrame”, o AVC isquêmico ocorre quando há uma obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro.

Trombose: ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma nas veias. Geralmente é precedido de problemas circulatórios e acomete principalmente as pernas.

Infarto: acontece quando um coágulo subitamente bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração e em muitos casos leva ao óbito. Dor e sensação de “aperto” no peito são os sintomas mais comuns.

Câncer de colo do útero: o fumo na combustão do invólucro de papel possui milhares de componentes cancerígenos. Um dos mecanismos conhecidos na queda da imunidade refere-se à diminuição das células de Langerhans no colo uterino, causando um aumento do aparecimento de lesões precursoras para o  câncer de colo.

O hábito de fumar mais de 20 cigarros por dia aumenta em 5 vezes o risco de progressão das lesões para o câncer.

Infertilidade: a taxa de fertilidade em mulheres fumantes é cerca de 20% menor do que entre aquelas que não fumam. Isso ocorre devido à concentração de nicotina no fluído folicular ovariano.

A associação do tabagismo com toxicidade ovariana cria maior risco de menopausa precoce e define claramente o papel danoso do uso de fumo em mulheres.

Nas tubas uterinas ocorre diminuição da motilidade ciliar e risco maior para gestações ectópicas (fora do útero) e alterações do muco cervical, tanto em viscosidade quanto no aumento da toxicidade local, diminuído a probabilidade de gravidez.

Além disso, pode causar impotência masculina, aumentando as chances dos casais serem inférteis.

Consumo de tabaco durante a gravidez

Mesmo antes de engravidar as mulheres fumantes que desejam ter filhos já são prejudicadas pelo consumo de tabaco. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), quem fuma antes da gravidez possui duas vezes mais chances de ter dificuldades na concepção.

Durante a gestação, além dos prejuízos para a própria saúde, a mulher também coloca em risco o bebê. O tabagismo prejudica a oxigenação fetal e aumenta a probabilidade de intercorrências como placenta prévia, ruptura prematura das membranas, descolamento prematuro da placenta, hemorragia no pré-parto, parto prematuro, aborto espontâneo, crescimento intrauterino restrito e baixo peso ao nascer. 

Tanto durante a gravidez quanto após o nascimento, a exposição ao cigarro é nociva ao bebê, podendo causar mortalidade perinatal (período entre o final da gravidez e primeiros dias após o parto) e comprometimento do desenvolvimento físico da criança.

Cuidados do dia a dia: higiene íntima

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No mundo moderno, a mulher está mais consciente da importância de se cuidar, dando atenção especial à saúde e higiene íntima.

Mesmo assim ainda é grande o número de mulheres que têm vergonha de falar ou fazer perguntas sobre a região íntima, ainda que tenha preocupação com a aparência, cheiro e coloração da vulva.

A consulta com o ginecologista é o melhor lugar para tirar suas dúvidas. Mas, de forma geral os principais questionamentos são:

Como fazer a higiene íntima?

Fazer uma higiene correta da vulva é fundamental para prevenir infecções causadas por fungos e bactérias como candidíase e vaginose bacteriana.

A genitália feminina é uma região naturalmente úmida e que possui defesas naturais que formam a flora vaginal. Se essa flora (conjunto de microorganismos) entra em desequilíbrio pode gerar incômodos e prejudicar a saúde da mulher. Por isso tanto a falta quanto o excesso de lavagens devem ser evitados.

O ideal é fazer a higiene íntima uma vez ao dia. A vulva (parte externa) deve ser lavada com água e um sabonete apropriado, sem o uso de buchas ou esponjas. Deve-se usar somente os dedos para não agredir a região, e não se esqueça de lavar bem o clitóris, onde costuma se acumular o esmegma (secreção sebosa e esbranquiçada) produzido naturalmente pelo organismo.

A vagina (parte interna) não deve ser lavada com duchas ou receber produtos, exceto se houver recomendação médica. Mesmo que seja só com os dedos, a lavagem interna pode causar irritação e deixar o local desprotegido. Uma higiene externa bem feita é o suficiente.

Existem produtos de cuidado íntimo específicos para a mulher, mas seu uso sempre deve ser orientado por um ginecologista, pois além de poder desequilibrar a flora, alguns podem provocar alergias.

Sabonete íntimo: a maioria destes produtos possuem pH mais ácido (entre 4,5 e 5,5), que se assemelha ao pH vulvar, e são hipoalergênicos. Não há comprovação de sua eficácia em promover o equilíbrio do pH vaginal, portanto seu uso não é essencial.

De forma geral o ideal é utilizar sabonetes mais neutros e na forma líquida, pois as barras facilitam a contaminação, já que têm contato com outras partes do corpo e até mesmo de outras pessoas.

Lenço umedecido: são um recurso para as mulheres que passam o dia fora de casa. Os mais indicados são os hipoalergênicos e sem cheiro, pois há menos risco de alergias e irritações.

Absorventes: a escolha do absorvente é algo muito particular e deve levar em consideração o gosto pessoal e o volume do fluxo de cada mulher. Mas independente do tipo escolhido (interno, externo, coletor, etc) a troca deve ser realizada a cada 4 horas no máximo, pois o acúmulo do sangue menstrual pode causar infecções e odor desagradável.

Protetor diário: deve-se evitar o uso de protetores diários pois eles aumentam o calor e umidade na vulva, o que gera um ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias.

Se sua umidade natural costuma ser excessiva e gerar incômodo, converse com seu ginecologista.

Desodorante íntimo: seu uso é totalmente desrecomendado. Qualquer produto com cheiro ou cores fortes pode prejudicar a saúde íntima.

Odores na região íntima 

O cheiro da genitália feminina ainda é um tabu para a maioria das mulheres e em alguns casos esta preocupação acaba levando ao excesso de lavagens e uso de produtos que podem prejudicar a saúde.

Devido à umidade e secreção próprias, a vulva tem um odor natural característico (que pode sofrer alterações de acordo com o ciclo menstrual), mas isso não significa que algo está errado. 

A mulher só deve preocupar-se na presença de mau cheiro (forte e desagradável), que geralmente vem acompanhado de corrimento e coceira. Se você apresenta um desses sintomas, consulte um ginecologista.

Ingurgitamento Mamário (leite empedrado)

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Um dos principais motivos de interrupção do aleitamento materno são os possíveis problemas mamários. É importante tomar alguns cuidados com a mama durante a gravidez, tirar dúvidas com seu obstetra durante o pré-natal e contar com o apoio da família.

É comum encontrar mães que se queixam de produzir pouco leite ou acham que ele não está sendo suficiente para o bebê.  Geralmente isso está relacionado à mamada incorreta, insegurança ou a uma percepção distorcida.

Mas pode haver também algumas dificuldades físicas como dores e rachaduras nos mamilos, mastite (inflamação) e ingurgitamento mamário.

O que é ingurgitamento mamário

O ingurgitamento ocorre quando o leite se acumula de forma excessiva e acaba ficando mais viscoso, por isso o problema é popularmente chamado de “leite empedrado”.

As mamas ficam muito inchadas e avermelhadas, causando dores e podendo levar a quadros de febre. Além disso, os mamilos ficam achatados, dificultando a pega do bebê.

É causado principalmente por erros na amamentação ou sucção, uso de sutiã inadequado, interrupção da amamentação e manejo incorreto das mamas.

Como prevenir e tratar o ingurgitamento mamário

O excesso de leite pode ir acumulando nas mamas, especialmente quando o bebê não dá conta de mamar tudo e a mãe não remove o leite que sobra, o que resulta em uma situação de ingurgitamento.

Algumas formas de massagem podem ajudar como:

  • Massagear as axilas ajuda a remover o excesso de líquidos na região das mamas, diminuindo a sensação de mamas inchadas e doloridas.
  • Massagear as aréolas para liberar o leite acumulado nas glândulas.
  • Continuar a massagem pelas mamas, apoiando a mama em uma das mãos e realizando uma pressão de cima para baixo com a outra mão.
  • Aplicação de calor, tomar banhos quentes, por exemplo, ajudam a aliviar a dor e melhoram a circulação do leite.
  • Retire o excesso de leite das mamas. Esvazie as mamas com ordenha e/ou bebê mamando.Sempre finalizar esse processo com compressas frias nas mamas. Calor sem frio, provoca mais ingurgitamento.

Ordenha do leite materno

A ordenha consiste na retirada do volume excessivo de leite das mamas e pode ser feita de forma manual ou com o auxílio de acessórios.

Além de prevenir ou aliviar os sintomas do ingurgitamento mamário, o leite ordenhado pode ser estocado e ofertado à criança quando a mãe estiver fora ou mesmo doado a um banco de leite. 

A retirada manual é a mais indicada por ser feita com maior facilidade e sem riscos de lesões nos mamilos. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda os seguintes passos para a ordenhar o leite que será armazenado:

  • Escolha um local tranquilo, limpo e sem a presença de animais;
  • Tenha à disposição um recipiente corretamente higienizado para recolher o leite;
  • Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
  • Evite conversar durante a retirada ou use uma fralda para cobrir a boca;
  • Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque com uma toalha limpa;
  • Massageie as mamas com as pontas dos dedos   começando na aréola (parte escura da mama) e, de forma circular, abrangendo toda mama;
  • Coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola;
  • Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo;
  • Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair;
  • Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco.

Vale lembrar que a orientação do obstetra e do pediatra é de extrema importância para uma amamentação tranquila em que mãe e bebê possam desfrutar de todos os benefícios.

Câncer de colo do útero: prevenção, sintomas, diagnóstico e tratamento

A principal causa do câncer de colo do útero é a ocorrência de infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV. Existem mais de 150 tipos de HPV, dos quais pelo menos 13 são considerados oncogênicos. 

A contaminação de HPV é relativamente comum e, na maioria dos casos, não tem consequências graves. No entanto podem ocorrer alterações celulares que, se não tratadas, possibilitam o surgimento do câncer.

Fatores como o início precoce da atividade sexual, ter múltiplos parceiros, uso prolongado de pílulas anticoncepcionais e o tabagismo aumentam o risco de desenvolver o câncer de colo do útero.

Este é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do cólon e reto), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer.

A estimativa anual do país é de mais de 16 mil novos casos por ano desta doença que matou mais de 5.500 mulheres em 2016 (dados do INCA).

Prevenção 

A melhor forma de prevenir é evitando o contágio pelo vírus HPV. A transmissão ocorre principalmente através de relações sexuais sem proteção, mas também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal e bolsa escrotal. Portanto:

  • Use preservativo em todas as relações sexuais;
  • Prefira um parceiro fixo a múltiplos parceiros;
  • Evite o consumo de tabaco;
  • Tenha um estilo de vida saudável;
  • Tenha sempre orientação médica para o uso de contraceptivos;
  • Vá ao ginecologista ao menos uma vez por ano.

Outra forma de prevenir a infecção pelo Papilomavírus Humano é a vacinação. Desde 2014 a imunização de adolescentes faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde. Atualmente devem receber a vacina meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos que é, geralmente a fase da iniciação sexual.

Sinais e sintomas 

O câncer de colo do útero é uma doença silenciosa e praticamente assintomática, principalmente no início. Alguns casos podem apresentar sangramento que vai e volta ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal acompanhada de distúrbios urinários ou intestinais. Porém, quando esses sinais se manifestam o problema já está num estágio bem avançado.

Diagnóstico 

Quanto mais cedo for diagnosticado o câncer de colo do útero maiores são as chances de reverter o problema, ou seja, se o diagnóstico for feito ainda no estágio inicial da doença há um alto potencial de cura. A principal forma de diagnóstico, principalmente quando ainda não há sintomas, é através do Papanicolau, popularmente conhecido como exame preventivo. 

O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher entre 25 e 64 anos realize o exame regularmente, mesmo que não tenha relações sexuais frequentes. Ele é um dos exames periódicos que costumam ser solicitados na consulta com o ginecologista e, devido à longa evolução da doença, pode ser realizado a cada três anos, mas os dois primeiros devem ser anuais.

Dependendo do resultado do preventivo o médico pode solicitar também a colposcopia (exame que permite a ampliação estereoscópica dos tecidos do trato genital inferior) ou biópsia, que é a retirada de uma pequena amostra de tecido para análise.

Tratamento 

Cada mulher diagnosticada com câncer do colo de útero terá seu tratamento orientado e avaliado por um médico. Tudo depende do estágio e evolução da doença e também da reação do organismo.

Tudo sobre a mama: dores, doenças benignas e câncer de mama

mama

A mama tem como função fisiológica produzir leite para alimentar os bebês. É uma estrutura complexa formada por diferentes tecidos (adiposo, conjuntivo e glandular), vasos (sanguíneos e linfáticos) e fibras nervosas. 

Elas estão presentes nas mulheres em duplas (também chamadas de seios) e, além da função de amamentar, também têm influência na feminilidade, autoestima, identidade e sexualidade da mulher.

Causas de dores na mama

Esta parte do corpo feminino é muito delicada. Diferentes fatores podem causar dor (mastalgia) ou sensação de hipersensibilidade na mama, podendo ser classificada em dois graus de intensidade.

O grau 1 (leve) é considerado normal, pois não interfere no dia a dia da mulher. Já o grau 2 (intenso) é severo e necessita de acompanhamento médico, uma vez que impede a realização de tarefas diárias.

As principais causas das dores na mama são:

Início da puberdade;

– TPM ou menstruação;

– Gravidez;

– Amamentação;

– Uso de medicamentos;

– Mudança de anticoncepcional; 

– Cisto na mama.

Como detectar problemas na mama

É importante que ao menor sinal de alteração a mulher procure atendimento pois a detecção precoce, principalmente do câncer de mama, aumenta as chances de cura. A detecção precoce depende de fatores bem simples, mas que podem fazer toda a diferença para a saúde. São eles:

Autoexame: esta é uma das principais formas de detectar um nódulo na mama e prevenir doenças, principalmente o câncer. Deve ser realizado todo mês, da forma que a mulher se sentir mais confortável (no banho, troca de roupa, etc), sete dias após a menstruação. Quando a mulher já está na menopausa o ideal é fazer em dias alternados a cada mês. 

Mamografia: a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mamografia seja realizada anualmente em mulheres com 40 anos ou mais, para diagnóstico precoce. 

Em casos comprovados  de mutação BRCA1 ou BRCA2 em familiar de primeiro grau, deve-se fazer o exame a partir de 25 – 30 anos, bianual, até os 40 anos.

Quem tem história familiar positiva para dois familiares de primeiro grau ou um familiar de primeiro grau antes dos 40 anos, iniciar 10 anos antes do diagnóstico do familiar. Ou seja: se o familiar foi diagnosticado com 40 anos deve-se iniciar o exame aos 30 anos, por exemplo.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a mamografia é realizada a partir dos 50 anos, bianual, na ausência de fatores de risco.

Doenças benignas da mama

A presença de nódulos na mama é uma das queixas mais comuns nos consultórios de ginecologia. É normal que as mulheres se assustem um pouco, mas a boa notícia é que a maioria deles é benigna. Os principais tipos são: 

Fibroadenoma: são tumores firmes e elásticos com bordas regulares e lisas. Crescem lentamente, atingem no máximo 3 cm e aparecem geralmente na fase da puberdade. Podem sofrer alterações no tamanho conforme a fase do ciclo menstrual.

Tumor phyllodes: tem as mesmas características do fibroadenoma, porém é maior e tem crescimento rápido. É raro (apenas 0,5% dos casos de lesões mamárias) e ocorre geralmente após os 35 anos.

Fibroadenoma juvenil: apresenta o mesmo quadro do tumor phyllodes, porém aparece logo após a menarca (primeira menstruação).

Cistos: são nódulos amolecidos, de bordas lisas e bem definidas. Podem ser simples (conteúdo líquido) ou complexos (presença de componente sólido no interior). Costumam provocar dor quando crescem repentinamente.

Vale lembrar que cabe ao médico avaliar e, se necessário, solicitar exames para diagnosticar o tipo de lesão. 

Câncer de mama

O câncer de mama corresponde a cerca de 29% dos casos de câncer em mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, é causado pela multiplicação desordenada das células da mama.

Ainda segundo o INCA, aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados se mais mulheres aderissem a um estilo de vida saudável.

No entanto, não é totalmente possível prevenir a doença porque há múltiplos fatores envolvidos, a maioria deles não modificáveis. Porém alguns hábitos podem proteger a mulher do desenvolvimento da doença.

Sintomas do câncer de mama

Os principais sintomas do câncer de mama são:

  • Surgimento de nódulo geralmente indolor, duro e irregular;
  • Pele da mama com aparência de casca de laranja;
  • Retração da pele;
  • Dor local;
  • Inversão do mamilo;
  • Hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo);
  • Descamação ou ulceração do mamilo;
  • Secreção papilar.

Fatores de risco para o câncer de mama

A predisposição genética tem grande influência no surgimento da doença, no entanto também há questões comportamentais consideradas fatores de risco, que são: excesso de peso corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas.

Fatores protetores contra o câncer de mama

Ter hábitos saudáveis pode minimizar o risco de desenvolver o câncer de mama. Entre eles podemos citar: prática de atividades físicas, alimentação saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e evitar o uso de hormônios sintéticos, principalmente sem orientação médica.

Tratamento do câncer de mama

O Sistema Único de Saúde – SUS disponibiliza todos os recursos ao tratamento do câncer de mama, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.

Além disso, a Lei N° 12.812/13 dá à mulher o direito de realizar pelo SUS uma cirurgia de reconstrução mamária quando necessário, se ela desejar o fazer.

Candidíase vulvovaginal, o que é ?

 

CANDIDÍASE:
Infecção provocada por fungos do gênero Cândida, é uma infecção oportunista, isto é, ela se aproveita de um momento de maior fragilidade do organismo e da proliferação de microorganismos no ambiente.
No verão, a candidíase é comum devido à alta frequência a praias e piscinas, além do uso contínuo de biquínis molhados, contatos com areia e cloro, enfim, situações que potencialmente mudam o pH ou alteram a flora vaginal, permitindo a instalação da infecção.
Já no inverno, a situação é outra: roupas justas e abafadas em excesso prejudicam a oxigenação vulvovaginal e também podem propiciar as infecções. Além disso, o abuso de bebidas alcoólicas e carboidratos devido ao frio (até os chocolates) também auxilia na acidificação vaginal e favorece as infecções fúngicas. “Por fim, a maior incidência de infecções nessa época, como gripes e resfriados, principalmente se tiverem sido acompanhados da necessidade do uso de antibióticos, também contribui.
Vale saber que este fungo, em níveis e condições normais, vive em nosso organismo sem causar maiores danos, mas ao encontrar ambiente propício para sua reprodução e um sistema imunológico deficiente, se multiplica, causando os sintomas de candidíase.
Nas mulheres, os sintomas são dor, coceira, ardência, inchaço e vermelhidão na vulva e vagina, associados a dor para urinar e durante a relação sexual e, principalmente, corrimento esbranquiçado tipo leite talhado.
O primeiro passo para o tratamento é determinar as causas, combatê-las e evitar recidivas. O médico pode indicar antimicóticos e pomadas antifúngicas de uso local e medicamentos via oral.Cabe ao ginecologista escolher o que é melhor para cada paciente.

Candidíase na Gravidez.
Na gravidez existe aumento da incidência de candidíase devido à liberação dos hormônios da placenta que determinam o aumento da acidez vaginal, tornando o ambiente ideal para o fungo, além de existir uma diminuição da imunidade naturalmente nessa fase. Uma mulher grávida é dez vezes mais suscetível do que quando não está esperando bebê.
Importante ressaltar que a infecção por Cândida na mãe não prejudica o bebê. Se no momento do parto a mulher ainda tiver a infecção, há uma pequena chance de contágio quando a criança passar pelo canal vaginal. No entanto, não é grave e é facilmente tratável.

Prevenção
Tudo o que permitir uma boa ventilação dos órgãos genitais é benéfico como forma de prevenir a infecção: dormir sem calcinha, utilizar calcinhas de algodão e evitar roupas de tecidos sintéticos e muito justas. Além disso, não consumir antibióticos sem necessidade, evitar o uso contínuo de absorventes internos, cuidar da higiene íntima, preferir o uso de papel higiênico branco e sem perfume, usar camisinha em todas as relações sexuais, bem como realizar as consultas preventivas periodicamente e seguir as recomendações do médico.
Ter uma rotina saudável e sem estresse também é fundamental para manter o sistema imunológico fortalecido. Algumas mudanças no cardápio podem prevenir a infecção e colaborar para acelerar o tratamento.

Dicas de alimentação para ajudar a previnir infecções por Cândida:
O que evitar
– Açúcares e carboidratos refinados e simples como biscoitos, arroz branco, macarrão e pão branco. Além de nutrir a Cândida, o doce modifica o pH intestinal.
Vinho, cerveja e outras bebidas fermentadas pela ação dos fungos. Enquanto estiver com candidíase, todos os alimentos que contém fungos devem ficar de fora do cardápio, como cogumelos, vinagres e produtos que o incluem (ketchup, mostarda, azeitona e picles) e massas com fermento biológico (pão, pizza e torta).
-Alimentos ácidos, como arroz polido (branco), bebidas alcoólicas, café, doces (chocolates, bolos, tortas, sorvete, bala, adoçados com açúcar), refrigerantes normais e todos os cereais refinados.
Os probióticos são excelentes para a saúde intestinal e global do organismo, cabe ao médico receitar o melhor. Já a cebola e o alho são ótimos no combate tanto da Cândida quanto de outros parasitas, e devem ser consumidos na forma crua ou em suplementos de óleo ou extrato de alho.
Uma alimentação equilibrada, com muita salada nas refeições, que são excelentes para a saúde intestinal, ajuda no controle da candidíase. A folha verde escura tem muitas fibras que auxiliam na fermentação das boas bactérias, mantém o pH do intestino adequado e, por consequência, controla os fungos”.

Ao perceber qualquer destes sintomas procure um ginecologista.

Fonte: 

Rosa MI, Rumel D. Fatores associados à candidíase vulvovaginal: estudo exploratório. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2004;26(1):65-70. Site Bayer.

DIU e SIU, tire suas duvidas !

 

Você sabe o que é DIU e como funciona?

DIU é um dispositivo em forma de “T” inserido no interior da cavidade uterina. É um bom método de contracepção com baixo índice de falhas, o DIU pode ser sem hormônio ou com hormônio.

Os não hormonais, podem ser de cobre (CU) ou prata (AG) quanto menor quantidade de cobre, menos cólicas e fluxo menstrual mais ameno. Dependendo do DIU a validade é de 3 a 5 anos.

Hormonais: SIU Sistema intrauterino

O SIU é um sistema intrauterino em forma de “T” que, após a inserção, libera hormônio levonorgestrel. Pode ser usado para contracepção (prevenção da gravidez), menorragia (sangramento, menstrual excessivo) e para proteção contra hiperplasia endometrial. Excelente método para adolescentes que não desejam menstruar.

Como o SIU funciona?

O hormônio é liberado pelo SIU de forma constante e em quantidade baixas (20mcg por 24 horas). Uma pequena parte é absorvida pelo organismo. A dose hormonal do SIU é a mais baixa quando comparada a todos os outros métodos hormonais disponíveis.

Qual é o melhor momento para o médico colocar o DIU ou SIU?

O melhor momento para a inserção deve ser avaliado individualmente pelo seu médico, e somente deve ser realizada quando se pode excluir com segurança a possibilidade de gravidez.

Onde a inserção do SIU ou DIU deve ser realizada?

A inserção é um procedimento simples que pode ser realizado no consultório médico na maior parte das vezes. Eventualmente pode-se optar por realizar a inserção em ambiente hospitalar com administração de anestésicos. Cabe ao médico avaliar casa a caso.

O procedimento para inserção ou retirada do DIU ou SIU é doloroso?

Em geral, o procedimento de inserção é muito bem tolerado e dura poucos minutos, e o de remoção é ainda mais simples e rápido. No ato da inserção pode ocorrer leve sensação de desconforto pélvico, tipo cólica menstrual. Logo após a inserção, também podem ocorrer algumas cólicas, em virtude da adaptação do útero com o DIU/SIU. Em condições normais, estas dores tendem a desaparecer em pouco tempo. Em relação a remoção, a sensação de desconforto leve pode ocorrer nas primeiras horas. Em todas estas situações e, somente se o médico julgar apropriado, medicamentos analgésicos podem ser indicados.

O uso de técnicas de colocação corretas e esterilizadas ajuda  a prevenir complicações.

O SIU vai causar acne?

Provavelmente não. Muitas vezes as pílulas combatem ou reduzem a acne, ao parar de tomar as mesmas pode-se notar uma piora da pele. Em algumas mulheres mesmo níveis baixos de hormônio sendo absorvidos podem causar algum efeito, menos de 10% das usuárias do SIU-LNG relatam o surgimento de acne e nesses casos ela costuma ser leve e melhorar com o tempo de uso do produto.

O SIU engorda?

Não. Diversos estudos que compararam mulheres que usam i SIU ou o DIU de cobre (que não contém nenhum hormônio) não demonstraram diferenças ao longo dos 5 anos de uso.

O SIU causa dor de cabeça?

Provavelmente não. A dose hormonal que é absorvida pelo organismo quando se usa o SIU é muito baixa, assim é pouco provável que seja suficiente para causar dor de cabeça.

Meu ciclo menstrual mudará com o SIU?

Provavelmente!

Durante o período de 3 a 6 meses, seu ciclo menstrual poderá se tornar irregular. Você também poderá observar manchas ou leve sangramento. Após seu corpo se adaptar, o número de dias de sangramento deverá diminuir e 50% das usuárias pararão completamente enquanto o SIU for utilizado. Isso não será prejudicial a seu corpo. O restante das mulheres poderá esperar uma redução gradual no número de dias de sangramento e na quantidade de sangue perdido a cada mês.

Com que frequência devo consultar meu médico após a inserção do DIU ou SIU?

Após colocar o DIU ou SIU, deverá ser realizada uma consulta em período de 4 a 12 semanas para verificar a posição correta. Posteriormente, é recomendado que se realize retornos anuais ou mais frequentes se for clinicamente indicado por seu médico.

Posso amamentar durante o uso do SIU?

Pode-se amamentar durante o uso do produto. Não há qualquer efeito deletério sobre o crescimento ou desenvolvimento do recém-nascido quando se usa qualquer método contendo apenas progestagênio, 6 semanas após o parto. Métodos contendo apenas progestagênio geralmente não afetam afetar a quantidade ou a qualidade do leite materno.

O DIU/SIU pode me proteger do HIV ou DSTs?

Não. O DIU/SIU não fornece proteção contra HIV ou outra DSTs. Os únicos métodos que oferecem proteção contra DSTs são métodos de barreira (camisinha feminina e masculina).

 

Rejuvenescimento Íntimo ou Vaginal

A atrofia vaginal é uma condição subestimada e um tabu que pode causar sofrimento em muitas mulheres. Com o passar dos anos ocorre uma queda dos níveis de estrogênio e glicogênio, causando uma mudança drástica na pele da vagina, diminuindo a espessura da pele e a elasticidade. Causando um ressecamento vaginal, flacidez, alterações de Ph, dor, ardor, aumento de infecções vaginais, disúria (dor ao urinar), dispareunia (dor no ato sexual) e incontinência urinária (perda de urina).  

Nos últimos anos o tratamento para tais queixas evoluiu, podendo ser realizado com o Laser de CO2, o MonaLisa Touch, a aplicação não dura mais do que 15 minutos e é indolor, ocorrendo apenas leve sensação de calor.  

Indicações de Laser Vaginal de CO2 (MonaLisa Touch) em Ginecologia: 

  • Mulheres que apresentam atrofia vulvovaginal (pós-menopausa e pós-parto); 
  • Síndrome genitourinária da menopausa; 
  • Pacientes pós-câncer de mama que não podem fazer o uso de hormônios; 
  • Pacientes com risco de câncer ginecológico e doenças sistêmicas crônicas, pacientes que apresentam contraindicações para terapia hormonal; 
  • Incontinência urinária leve onde não haja indicação cirúrgica ou cistocele; 
  • Associado a cirurgia de Sling pré e pós-operatório (No caso de pré-operatório realizar 1 sessão 1 mês antes da cirurgia). Não tem nenhum problema em relação ao material da tela cirúrgica. 
  • Laser para tratar lesões de HPV (Papiloma Vírus Humano). 

O MonaLisa Touch é um tratamento realizado por meio de um Laser de CO2 fracionado. Concebido e disponibilizado pelo laboratório italiano da DEKA, é um tratamento seguro, minimamente invasivo, com aplicação da luz laser de CO2 na parede vaginal, este age na lâmina própria (corresponde a derme da nossa pele), vaporizando a água intracelular, por efeito térmico, o que leva a uma resposta inflamatória, estimulando a formação de fibras de colágeno, reticulares e elásticas. Pela sua afinidade com a água ocorre uma proteção dos orgãos nobres próximos a vagina. Promove o alívio dos sintomas da síndrome genitourinária da menopausa e aumenta a lubrificação vaginal e a elasticidade das paredes vaginais. Podemos incluir entre os sintomas que melhoram com esse tratamento: cistites recorrentes, lubrificação da parede, dor durante a relação sexual e ressecamento vaginal, melhorando a qualidade de vida geral e sexual. Dentre outros benefícios relatados encontram-se melhora do prurido (coceira) vulvar e vaginal, ardor, corrimento e odor causados pelo aumento do Ph vaginal, devido à menopausa.  

O tratamento consiste em duas a três aplicações, dependendo do grau de atrofia e da resposta de cada paciente, com intervalos de 30 a 40 dias. A manutenção é anual, porém pode variar de acordo com os sintomas de cada paciente.  

Contraindicações de Laser Vaginal de CO2 (MonaLisa Touch): 

  • Gestantes; 
  • Mulheres com doenças sexualmente transmissíveis (DST); 
  • Inflamações da Vulva e vagina;
  • Mulheres que apresentam citologia de colo uterino alterada; 

No mundo atual, onde a expectativa de vida torna-se cada vez mais longa, a mulher independente da idade, merece ter uma vida sexual ativa e saudável. Vamos usar os avanços da tecnologia a nosso favor. 

Leucorreia (Corrimento) é normal?

Leucorreia é o aumento do fluxo vaginal, podendo ser normal ou anormal (patológico). A Leucorreia anormal pode estar associada a alergias, infecções vaginais, vulvares e do colo uterino e DSTs.

Os sintomas mais frequentes são: Secreção vaginal aumentada, prurido (coceira), irritação, ardência vaginal e vulvar, dor durante a relação sexual e odor desagradável.

O diagnóstico é feito através do exame direto da secreção vaginal.

Quando a causa for alérgica, o tratamento é afastar os alergênos. Algumas mulheres apresentam alergia a um composto presente no amaciante de roupas, é aconselhável usar sabão neutro para a higiene da roupa íntima.

  • Vaginose Bacteriana – Causada por crescimento excessivo de bactérias e ausência de lactobacilos. Corrimento com odor desagradável, mais intenso no período menstrual e após a relação sexual. Em mulheres sintomáticas o tratamento é com antibióticos.
  • Tricomoníase – Infecção vulvovaginal causada pelo protozoário Trichomonas Vaginalis. A secreção vaginal torna-se abundante, aerada (bolhosa), amarelo-esverdeado, podendo causar prurido (coceira) e desconforto. O tratamento é com antibiótico, preferencialmente o Metronidazol em dose única.
  • Candidíase Vulvovaginal – É causada por um fungo chamado “Cândida”. Causa leucorréia grumosa e geralmente, prurido intenso e eritema (vermelhidão) vulvar.

Os fatores predisponentes para Candidíase Vulvovaginal são: Gravidez, sexo oral, anticoncepcionais orais, stress, doenças que diminuem a imunidade, tais como: Diabetes, AIDS, lupus e também uso de medicamentos como corticóide e antibióticos. O tratamento é com antifúngicos tópico ou oral. Nas gestantes usa-se tratamento tópico (cremes vaginais).

É importante lembrar que o uso de duchas vaginais deve ser evitado, pois diminuem as defesas naturais da vagina (lactobacilos), contribuindo para o surgimento de infecções vulvovaginais.

Anticoncepção / Métodos Contraceptivos

Os casais hoje, devido aos vários métodos contraceptivos disponíveis, podem planejar quando e quantos filhos desejam ter e em qual momento de suas vidas a gravidez deve acontecer. Ainda hoje, em adolescentes, o controle de natalidade é precário ou inexiste. O nível sócio econômico também é um fator importante. Muitas vezes, em comunidades carentes, a gravidez é uma forma de adquirir prestígio e respeito no meio em que vivem. É um “olhar a mais”.

Entre os vários métodos disponíveis hoje, estão presentes métodos reversíveis e métodos irreversíveis.

Métodos Reversíveis:

Métodos de barreira

  • Preservativo Feminino – É um método eficaz para prevenir DST (Doença Sexualmente Transmissível). É uma bolsa cilíndrica, feita de plástico fino, com um anel flexível em cada extremidade. A parte fechada é introduzida na vagina e fica próximo ao colo do útero.
  • Preservativo Masculino – É feito de látex, muito acessível, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde. É o melhor método para prevenção de DST. Deve ser armazenado e usado de forma correta, deve ser retirado após o uso com o pênis ainda ereto, diminuindo assim o índice de falhas.
  • Diafragma – É um aro flexível, em forma de capuz, que deve ser introduzido na vagina e cobrir o colo uterino, antes das relações sexuais. Impede a ascensão dos espermatozóides no útero. Existe vários tamanhos, a escolha correta deve ser avaliada pelo ginecologista.
  • Espermicida – São produtos químicos disponíveis em tabletes de espuma, gel ou creme. Causam ruptura da membrana celular dos espermatozóides, desta forma altera os movimentos e também pode causar a morte destes. Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual.

 

Métodos Contraceptivos Hormonais

  • Contraceptivo Oral (Pílula) – Método onde comprimidos contendo hormônios são administrados via oral.
  • Contraceptivo oral combinado – Comprimido contendo hormônio Etinilestradiol e Progestágenos. Inibem a secreção de gonadotrofinas, impedindo a ovulação.

Existem vários tipos de contraceptivos orais no mercado, e como qualquer medicamento, pode ter efeitos adversos. Mulheres obesas, tabagistas e hipertensas que usam pílula (contraceptivo oral), tem risco aumentado para acidente vascular cerebral, tromboembolismo venoso e infarto agudo do miocardio. É recomendável uma avaliação pelo médico ginecologista, para indicação de uma pílula que tenha menos paraefeitos.

 

Anticoncepcionais com Progestágenos

  • Progestágenos Isolados – É uma pílula que contém desogestrel 75mg, este dificulta a ascensão dos espermatozóides, torna o muco cervical espesso e inibe a ovulação. Pode ser usada durante a amamentação e nas mulheres que não podem usar estrogênio. Seu uso é contínuo.
  • Minipílulas – Pílulas contendo acetato de noretindrona e levonorgestrel. São usadas em mulheres durante a amamentação, mas o índice de falhas é grande.

 

Anticoncepcionais injetáveis

Combinados (estrogênio + progestógeno) ou progestógeno isolado.

São ampolas contendo hormônios para aplicação intramuscular (IM), profunda na nádega ou no deltóide. Podem ser de uso mensal ou trimestral. A primeira dose deve ser aplicada nos primeiros cinco dias da menstruação (até o quinto dia do ciclo). É um método reversível, mas o retorno à ovulação (fertilidade) é um pouco mais demorado.

 

Contracepção de Emergência (“Pílula do dia seguinte”)

É uma pílula contendo 1,5mg de levonorgestrel, que deve ser administrada pela via oral. É dose única. Deve ser ingerida preferencialmente até 72 horas (3 dias) depois da relação sexual desprotegida. Após a administração, usar preservativo até vir o sangramento, para reiniciar com outro método contraceptivo. O sangramento pode ocorrer de 1 a 4 semanas após o uso da pílula. A pílula do dia seguinte não deve ser usada rotineiramente. Evite tomar repetidas vezes.

 

Adesivo Transdérmico

É um adesivo contendo hormônio etinilestradiol e um progestágeno, coloca-se sobre a pele seca. Pode ser aplicado no abdome inferior, na parte superior das nádegas ou na parte externa do braço. Usa-se um adesivo por semana, por três semanas consecutivas, pausa de uma semana. O primeiro adesivo deverá ser aplicado no primeiro dia da menstruação. Deve-se fazer rodízio semanal dos locais de aplicação.

 

Anel Vaginal

Anel transparente que contém hormônio etinilestradiol e etonogestrel. Tem diâmetro de 54mm e espessura de 4mm. O anel deve ser introduzido na vagina em forma de “8”. Iniciar o uso entre o 1º e o 5º dia do ciclo por 3 semanas, retirar após. Pausa de 7 dias para nova colocação.

 

Implante Subdérmico

O implante subdérmico é um bastonete que contém progestágeno. Existe 2 tipos. Dependendo do tipo de hormônio usado, um tem duração de 3 anos e o outro entre 2 a 5 anos. O implante vem com um aplicador específico e deve ser introduzido na face interna do braço, abaixo da derme, sob anestesia local. O maior inconveniente do método é o sangramento irregular.

 

SIU (Sistema Intrauterino)

É um endoceptivo, sistema intrauterino que libera hormônios levonorgestrel. Deve ser inserido pelo ginecologista. Diminui o sangramento do fluxo menstrual. Tem validade de 5 anos. Pode ser usado como tratamento para mulheres que apresentam sangramento uterino aumentado (metrorragia) idiopático. Excelente método para adolescentes que não desejam menstruar.

 

DIU (Dispositivo intrauterino)

DIU de cobre é uma estrutura de polietileno que é inserido no interior do útero. Varia de 5 a 10 anos. Dependendo do tipo de DIU vai para 5. É um bom método de contracepção com baixo índice de falhas. Em algumas mulheres com o uso do DIU de cobre, pode ocorrer aumento do fluxo menstrual e cólicas mais intensas. A durabilidade depende do tipo de DIU.

 

Métodos Irreversíveis:

Contracepção cirúrgica

  • Ligadura Tubária – Contracepção cirúrgica feminina, por obstrução cirúrgica impede-se o transporte do óvulo.
  • Vasectomia – Contracepção cirúrgica masculina, é a ligadura do ducto deferente, pode ser feita com anestesia local.

Após o procedimento durante os 3 primeiros meses usar outro método contraceptivo. Deve-se realizar um espermograma para comprovar a efetividade da cirúrgia. É um método seguro. Não afeta o desempenho sexual masculino.

 

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