Dra Luciara Batista — Ginecologista e Obstetra

Gravidez após os 40: o que você precisa saber?

A gravidez é um estado especial para a mulher por representar a realização mais sublime da feminilidade, mas apesar de toda emoção e sentimentos envolvidos nessa fase requer cuidados com a saúde, principalmente quando ocorre após os 40 anos..

Há diversas transformações físicas e psicológicas ocorrendo neste período, pois a cada semana um novo estágio no desenvolvimento do bebê se inicia e há um turbilhão de mudanças hormonais que podem alterar a saúde da mulher.

Mas com a evolução da medicina  de uma forma geral e da própria obstetrícia, a gestação em mulheres acima da idade considerada ideal para a reprodução tem sido cada vez mais segura e as possíveis complicações podem ser minimizadas. 

Devido ao estilo de vida da sociedade atual, grande parte das mulheres prioriza o investimento em seus estudos, na construção da carreira, na estabilidade financeira e emocional. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as brasileiras têm ido no que seria a contramão do relógio biológico ao aguardar a chegada dos 30 anos para serem mães. 

Como resultado dessa nova organização quanto à cronologia de escolhas, o desejo pela maternidade torna-se um planejamento adiado. Esse novo olhar sobre o processo de gestação faz com que haja o crescimento expressivo da gravidez após os 40 anos, inclusive em muitos casos trata-se da vinda do primeiro filho.

Após os 40 anos os riscos na gestação aumentam? 

A gravidez, seja ela em qualquer período da vida, fértil pode levar a complicações. Porém, mulheres gestantes acima dos 40 anos são consideradas de alto risco devido a uma propensão maior a manifestações de doenças preexistentes como hipertensão e diabetes, por exemplo, o que ocasiona uma gestação mais delicada. 

Entretanto, com o avanço da medicina houve uma diminuição dos riscos graves, desde que as consultas mensais de pré-natal e os cuidados adequados orientados pelo médico sejam seguidos à risca.

Após os 40 anos a reserva de óvulos produzida pelo ovário diminui consideravelmente, ou seja, há uma chance menor de engravidar, porém, é extremamente possível a fecundação de forma natural.

Se houver dificuldade de casais para engravidar neste período específico existem outros meios viáveis, assim como, a reprodução assistida que consiste em um conjunto de técnicas que objetivam a tentativa de viabilizar a gestação através de métodos que são divididos em dois grupos, o da inseminação artificial e o da fertilização in vitro. 

Benefícios da gestação após os 40 anos 

A chegada de um bebê traz imensa alegria a uma família, e quando essa nova fase da vida tem início aos 40 anos carrega benefícios que refletem no nível de maturidade fisiológica e mental. Temos como exemplos:

  • Melhoria nas habilidades mentais; 
  • Alimentação mais saudável; 
  • Estabilidade profissional e econômica; 
  • Equilíbrio mental e emocional.

O olhar amadurecido faz com que, na maioria das vezes, estas mulheres já estejam muito bem resolvidas com sua vida profissional e financeira, o que proporciona a garantia de uma gravidez bem assistida e um conforto tanto para a mãe quanto para o bebê.

Importância do obstetra para a saúde da gestante

obstetra

O obstetra é um profissional vital em qualquer gestação, pois ele é responsável não só por realizar o parto, mas também pelos cuidados com a mãe e com o bebê ao longo de toda a gravidez. Sendo assim, é inegável a importância desse especialista.

Em primeiro lugar, é importante esclarecer uma dúvida muito comum: ginecologista e obstetra são a mesma coisa? A resposta é muito simples: ambos são médicos com conhecimento aprofundado em saúde da mulher e o sistema reprodutor feminino.

No entanto, quem atua somente na ginecologia foca seu trabalho nos cuidados com a saúde  da mulher não grávida, enquanto os que se dedicam de maneira especial à obstetrícia estão mais voltados a acompanhar o processo da gravidez e o desenvolvimento do feto. Mas é muito comum que, assim como eu, os médicos dedicados a estas especialidades atendam tanto as grávidas para o acompanhamento pré-natal quanto mulheres em consultas de rotina.

Por que o obstetra é tão importante para a gestante?

A gravidez é uma fase de muitas dúvidas, ansiedade, mistura de sentimentos e é fundamental que a mulher receba  assistência adequada. Portanto, a presença do obstetra é indispensável para:

Acompanhamento ao longo da gestação: Durante o período do pré-natal, o médico solicita diferentes tipos de exames que podem identificar problemas com o bebê que está em formação e também alterações na saúde da mãe, como eclâmpsia ou diabetes gestacional. 

Orientação: O obstetra também tem um papel de grande importância na orientação da mãe quanto aos cuidados consigo e com o bebê. Ele vai explicar quais são as mudanças esperadas na gestação, tanto físicas quanto emocionais, tirar dúvidas, etc.

Prescrição de medicação: alguns medicamentos são essenciais durante a gravidez, como os indicados na suplementação vitamínica, são fundamentais para prevenir a malformação do tubo neural da criança. O médico deve não apenas prescrever, mas também orientar como a gestante deve proceder no caso de medicações anteriores à gravidez, especialmente as de uso contínuo.

Redução da taxa de mortalidade: Um pré-natal bem feito, com o acompanhamento de um obstetra, consegue salvar inúmeras vidas pois reduz as taxas de mortalidade da mãe e da criança.

Por exemplo, existe uma doença que afeta as gestantes e que, na maioria das vezes, não apresenta qualquer sinal ou sintoma: a Toxoplasmose. A contaminação da mãe leva a uma gestação de alto risco, principalmente se o bebê ainda está entre a 10ª e a 24ª semana e pode desenvolver diversos problemas no bebê como cegueira, retardo mental, má-formação e outros.

Parto seguro: normalmente, o obstetra que fez o acompanhamento durante o pré-natal é o mesmo que realiza o parto, o que dá muito mais segurança e tranquilidade à mulher e diminui as chances de imprevistos.

Acompanhamento no puerpério: Esse é o nome que se dá ao período dos primeiros dias logo após o parto, em que a mãe precisa de maiores cuidados. Afinal de contas, a saúde do bebê depende também da saúde da mãe. 

Viu como o papel do obstetra é de fundamental importância para a gestante, o bebê e, consequentemente, toda a família? Siga todas as orientações do seu médico e qualquer sinal ou sintoma fora do comum, comunique-o. Marque agora mesmo a sua consulta com o obstetra e cuide bem da sua saúde e da saúde do seu bebê!

Toxoplasmose na gravidez

toxoplasmose

A gravidez é um momento muito importante para toda mulher. Por conta disso, diversos cuidados devem ser tomados para garantir a saúde da nova mamãe e do bebê e um deles é a prevenção da toxoplasmose. Sua infecção não apresenta sintomas na grande maioria dos casos, porém está associada a grande morbidade durante a gestação.

O agente etiológico, o protozoário Toxoplasma gondii, é um parasita com ciclo biológico de duplo hospedeiro. O gato é o hospedeiro definitivo. Outros mamíferos e aves são hospedeiros intermediários, abrigando o ciclo proliferativo.

O Toxoplasma apresenta três estágios principais de desenvolvimento. Os taquizoítos causam lesão tecidual na infecção aguda, com multiplicação rápida. Os bradizoítos formam os cistos teciduais persistindo no hospedeiro por muitos anos. Os esporozoítos são as formas eliminadas nas fezes dos felinos.

A transmissão da toxoplasmose pode ocorrer pela ingestão de oocistos por contato direto com fezes de gato ou manipulação de água ou alimentos contaminados. Também pode ocorrer por ingestão de cistos teciduais em carnes cruas, principalmente ovina  e suína.

Pode ocorrer, também, a transmissão vertical transplacentária. Esta ocorre quando a mulher apresenta infecção aguda durante a gestação. 

Os taquizoítos infectam e se multiplicam na placenta, chegando a circulação fetal. Outra forma de transmissão seria a reativação da doença em gestantes com infecção crônica pelo toxoplasma e imunossuprimidas.

Apesar de, na maioria das vezes, ser assintomática, a toxoplasmose pode levar a uma gravidez de alto risco por apresentar graves problemas para o feto, principalmente se a contaminação ocorrer no período entre 10ª a 24ª semanas, quando o bebê ainda está em processo de crescimento, havendo a possibilidade de:

  • Má-formação;
  • Microcefalia;
  • Macrocefalia;
  • Retardo mental;
  • Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
  • Surdez;
  • Cegueira;
  • Aborto. 

Toxoplasmose congênita

As seguintes alterações podem ser encontradas no feto: ventriculomegalia, microcefalia, calcificações intracranianas, hepatoesplenomegalia, ascite, catarata, hidropsia e intestino ecogênico. O quadro clínico é encontrado em um terço dos casos e a ausência de alterações ultrassonográficas não exclui a doença.

A maioria dos recém-nascidos, não apresentam sintomas ao nascimento. As sequelas na grande parte das crianças afetadas são tardias, sendo a mais comum retinocoroidite que acomete até 70% dos infectados.

Diagnóstico

O Ministério da Saúde preconiza o rastreamento sorológico durante o pré-natal, no primeiro, segundo e terceiro trimestres, nas gestantes suscetíveis a doença. Ele é realizado com os testes imunoenzimáticos (ELISA) para a detecção de IgG e IgM contra Toxoplasma gondii.

Devido à grande taxa de falsos-positivos do ELISA para IgM, pode-se realizar também a sorologia confirmatória pela pesquisa de IgM por imunofluorescência indireta (IFI).

São  gestantes suscetíveis (IgM e IgG negativos) e gestantes imunes (IgG positivo e IgM negativo). Além dessas, pode ocorrer soroconversão, quando uma gestante suscetível apresenta no seguimento sorológico IgM e IgG positivos.

Quando a gestante apresentar IgM e IgG positivos na primeira sorologia, pode-se tratar de uma infecção aguda ou crônica, pois o IgM pode permanecer positivo por mais de um ano após a infecção. 

Nesse caso, é necessário realizar o teste de avidez de IgG. A presença de anticorpos de alta avidez é sugestivo de doença há mais de 12 semanas.

A transmissão vertical é confirmada pela realização de amniocentese entre 17 e 32 semanas, realizando-se a pesquisa do DNA do toxoplasma por PCR no líquido amniótico. Indicado em todos os casos de soroconversão materna ou sinais ultrassonográficos de Infecção fetal.

Profilaxia e tratamento

Toda a gestante que apresentar toxoplasmose  aguda deve usar espiramicina para reduzir o risco de transmissão vertical. Em gestantes suscetíveis com quadro clínico sugestivo de doença aguda, rash cutâneo e/ou linfadenomegalia, deve ser solicitada sorologia e introduzida espiramicina até a confirmação diagnóstica.

A profilaxia é realizada com Espiramicina 500mg (1.500.000 UI) 2 comprimidos a cada 8 horas. Deve ser iniciada na suspeita diagnóstica e mantida até o parto. Se descartada a infecção aguda, a profilaxia pode ser suspensa.

Gestantes imunes devem receber profilaxia nos casos de imunossupressão, como nas portadoras do HIV. Nestes casos há risco de reativação da doença com possível transmissão vertical. Essas pacientes devem ser avaliadas individualmente, de acordo com a contagem de linfócitos CD4.

Na presença de infecção fetal confirmada pelo procedimento invasivo,  o tratamento com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico deve ser iniciado e mantido até o parto. O tratamento é contra-indicado no primeiro trimestre, devendo ser iniciado a partir de 15 semanas.

– Sulfadiazina 500mg, 2 comprimidos VO a cada 8 horas

– Pirimetamina 25mg, 1 comprimido VO a cada 12 horas

– Ácido folínico 15mg, 1 comprimido VO ao dia

Quando a soroconversão ocorrer a partir de 32 semanas, quando não está indicado o procedimento invasivo, o tratamento deve ser iniciado mesmo sem a confirmação da infecção fetal, devido ao alto risco de transmissão vertical.

Durante o tratamento é necessário realizar o controle materno com hemograma a cada duas semanas. Devido a alta toxicidade das drogas utilizadas há risco de alterações como anemia megaloblástica, e nesses casos o tratamento deve ser suspenso e substituído pela profilaxia com Espiramicina.

A avaliação fetal, deve ser realizada com controle ultrassonográfico a cada quinze dias, pesquisando sinais de anemia fetal como a hidropsia. Além disso, aconselha-se a avaliação de vitalidade fetal.

Cuidados para evitar a toxoplasmose na gravidez

Assim como toda doença, a toxoplasmose pode ser evitada. Para isso,  a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Febrasgo, recomenda:

  • Não comer carne crua ou malpassada;
  • Dar preferência às carnes congeladas;
  • Não comer ovos crus ou malcozidos;
  • Beber água filtrada;
  • Usar luvas para manipular alimentos e carnes cruas;
  • Não usar a mesma faca para cortar carnes, vegetais e frutas;
  • Lavar bem frutas, verduras e legumes;
  • Evitar contato com gatos e com tudo que possa estar contaminado com suas fezes;
  • Alimentar gatos domésticos com rações comerciais;
  • Fazer limpeza diária com água fervente do recipiente em que os gatos depositam suas fezes;
  • Usar luvas ao manusear a terra ou jardim.

Importante lembrar, que o peixe não faz parte do ciclo reprodutivo do parasita toxoplasma gondii, portanto, gestantes que gostam de comida japonesa, inclusive peixe cru, podem fazer a ingestão desse alimento.

COVID-19 (coronavírus) e os cuidados na gestação e amamentação

gestante_coronavirus

A pandemia do novo coronavírus, conhecido como COVID-19,  tem assustado muito a população mundial. Com o crescimento no número de infectados e óbitos, gestantes e lactantes estão cada vez mais preocupadas e apreensivas com a sua própria saúde e a de seus bebês.

Os cuidados devem ser tomados por todos, mas gestantes e mulheres em período de puerpério (logo após o parto), mesmo não fazendo parte do grupo de risco, devem ter cuidados redobrados, uma vez que são mais vulneráveis, devido algumas apresentarem imunidade baixa e serem mais propensas a adquirirem doenças virais.

As gestantes devem manter suas consultas de pré-natal. As que apresentam sintomas de gripe deverão ter seus procedimentos eletivos (consultas e exames de rotina) adiados em 14 dias, e quando necessário serem atendidas em local isolado das demais pacientes.

Todas as demais gestantes, que não apresentarem síndrome gripal, deverão ter preservado seu atendimento.

Há relatos de casos de mulheres grávidas e lactantes que adquiriram a doença e a evolução foi favorável em todos os casos, o que reforça as estatísticas de não haver nenhum caso de óbito, até o momento.   

No entanto, caso a mãe contraia a doença, não há necessidade de criar pânico, pois diferente do vírus da zika, não há indícios de má-formação no feto.

Como prevenir a infecção por coronavírus na gravidez

Embora não exista nenhum imunizante contra a doença, a forma mais eficaz para se prevenir é a gestante e lactante ficar em casa, evitando aglomerações e viagens e realizar constantemente a higiene necessária. Mas, caso precise sair por algum motivo:

  • Evite tocar olhos, nariz e boca sem lavar as mãos;
  • É importante que as mãos sejam lavadas com água e sabão com mais frequência por, pelo menos, 20 segundos. Toda superfície deve ser bem limpa, principalmente embaixo das unhas e entre os dedos;
  • Sempre repita o processo antes de cuidar do bebê;
  • Se não tiver fácil acesso a água e sabão, faça o uso do álcool em gel;
  • Troque de roupa e lave as mãos assim que chegar da rua;
  • A higiene também é indicada para antes de se alimentar;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal como toalhas, copos, garrafas, talheres e pratos;
  • Evite contato físico com pessoas que apresentem algum tipo de infecção respiratória, ambientes mal ventilados e aglomerações;
  • Ao tossir ou espirrar, cubra seu nariz e boca com a dobra do cotovelo;
  • Use lenço descartável para higiene nasal.

Em caso de visitas, dê preferência a receber brevemente apenas pessoas mais próximas e que não estejam com sintomas gripais.

Vale lembrar que manter uma alimentação saudável e sono adequado também é muito importante para que os níveis de imunidade se mantenham saudáveis.

Sintomas da COVID-19

Os sintomas do novo coronavírus em grávidas são os mesmo apresentados na população geral, semelhante a um resfriado:

Em casos mais leves:

  • Febre baixa;
  • Tosse seca;
  • Fadiga;
  • Dor muscular;
  • Dores de cabeça.

Em casos mais graves:

  • Dificuldades para respirar  ou síndrome respiratória aguda;
  • Febre alta, que não sede.

Caso apresente algum desses sinais, mantenha a calma. A gestante ou lactante só deve procurar ajuda médica ou ir ao hospital se apresentar falta de ar, febre que não melhora e tosse forte.É importante ressaltar que a mulher não deve se automedicar.

Se estiver doente, existe a possibilidade de contaminar o bebê?

Diante de pesquisas já realizadas na China e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a transmissão vertical do coronavírus, ou seja, contágio da mãe direto para o filho, foi descartada, por não haver nenhum indício de contaminação através do líquido amniótico, pelo sangue do cordão umbilical ou aleitamento materno.

Por conta disso, mesmo infectadas, é importante que as lactantes não suspendam a amamentação, uma vez que é através deste meio que o bebê recebe anticorpos, se protege de infecções, fortalece o sistema imunológico e favorece o seu crescimento e desenvolvimento.

No entanto, para continuar com esse ato, é essencial que as mães tomem as seguintes precauções:

  • Lavar as mãos por, pelo menos, 20 segundos antes de tocar o bebê ou antes de retirar o leite materno.
  • Usar máscara facial (cobrindo completamente nariz e boca) durante as mamadas e evitar falar ou tossir durante a amamentação.

A máscara deve ser imediatamente trocada em caso de tosse ou espirro e a cada nova mamada. Cuide-se para cuidar do seu bebê! No caso de mais dúvidas, entre em contato com seu médico obstetra.

Gravidez de alto risco: características e cuidados necessários

Toda gravidez oferece algum risco, porém, quando não apresenta nenhuma complicação é classificada como gestação de risco habitual. Quando há características que podem pôr em perigo a saúde da mãe ou do bebê, ela é considerada uma gravidez de alto risco, o que requer alguns cuidados a mais.

O ideal é iniciar o acompanhamento pré-natal tão logo a gravidez seja confirmada, a fim de garantir um desenvolvimento saudável e seguro para a mãe e o bebê.

O que caracteriza uma gravidez de alto risco?

Em primeiro lugar é importante deixar claro que cabe somente ao obstetra avaliar e classificar se há algum risco incomum na gestação. Isso depende das características de cada mulher, mas alguns fatores podem contribuir para essa condição:

  • Histórico da mãe: mulheres que tenham passado por complicações em gestações anteriores ou mesmo que tenham histórico de gravidez de risco na família estão mais propensas a uma gestação de alto risco.
  • Estilo de vida: sedentarismo, obesidade, má alimentação, consumo de álcool, tabaco e outras drogas também podem prejudicar a saúde gestacional.
  • Hipertensão: tanto os casos de hipertensão crônica quanto aqueles desenvolvidos durante a gravidez podem interferir no crescimento do bebê e também na função renal da mãe. O quadro pode levar ao desenvolvimento de pré-eclâmpsia.
  • Diabetes: esta doença é causada por alterações no desempenho da insulina, sobrecarregando o pâncreas e gerando aumento da glicose no sangue. Pode ser um problema pré-estabelecido ou surgir durante a gravidez (diabetes gestacional).
  • Desenvolvimento do bebê: quando há alguma anormalidade no desenvolvimento do feto isso também pode caracterizar uma gestação de alto risco. Em caso de gravidez gemelar (mais de um bebê) também é necessário redobrar a atenção.

Cuidados necessário

Independente da classificação, alguns cuidados são fundamentais para o bem-estar de qualquer gestante. É importante que ela receba apoio de toda a família, pois seu corpo está passando por muitas mudanças.

O primeiro cuidado fundamental é iniciar o quanto antes o acompanhamento pré-natal, como já foi dito. Em segundo lugar é indispensável seguir as recomendações dadas pelo obstetra. Algumas mulheres precisam fazer repouso ou evitar algumas atividades físicas.

Também é indicado não tomar remédios sem orientação médica, suspender o consumo de álcool, tabaco, outras substâncias químicas e diminuir  a ingestão de cafeína.

Ingurgitamento Mamário (leite empedrado)

ingurgitamento_mamario

Um dos principais motivos de interrupção do aleitamento materno são os possíveis problemas mamários. É importante tomar alguns cuidados com a mama durante a gravidez, tirar dúvidas com seu obstetra durante o pré-natal e contar com o apoio da família.

É comum encontrar mães que se queixam de produzir pouco leite ou acham que ele não está sendo suficiente para o bebê.  Geralmente isso está relacionado à mamada incorreta, insegurança ou a uma percepção distorcida.

Mas pode haver também algumas dificuldades físicas como dores e rachaduras nos mamilos, mastite (inflamação) e ingurgitamento mamário.

O que é ingurgitamento mamário

O ingurgitamento ocorre quando o leite se acumula de forma excessiva e acaba ficando mais viscoso, por isso o problema é popularmente chamado de “leite empedrado”.

As mamas ficam muito inchadas e avermelhadas, causando dores e podendo levar a quadros de febre. Além disso, os mamilos ficam achatados, dificultando a pega do bebê.

É causado principalmente por erros na amamentação ou sucção, uso de sutiã inadequado, interrupção da amamentação e manejo incorreto das mamas.

Como prevenir e tratar o ingurgitamento mamário

O excesso de leite pode ir acumulando nas mamas, especialmente quando o bebê não dá conta de mamar tudo e a mãe não remove o leite que sobra, o que resulta em uma situação de ingurgitamento.

Algumas formas de massagem podem ajudar como:

  • Massagear as axilas ajuda a remover o excesso de líquidos na região das mamas, diminuindo a sensação de mamas inchadas e doloridas.
  • Massagear as aréolas para liberar o leite acumulado nas glândulas.
  • Continuar a massagem pelas mamas, apoiando a mama em uma das mãos e realizando uma pressão de cima para baixo com a outra mão.
  • Aplicação de calor, tomar banhos quentes, por exemplo, ajudam a aliviar a dor e melhoram a circulação do leite.
  • Retire o excesso de leite das mamas. Esvazie as mamas com ordenha e/ou bebê mamando.Sempre finalizar esse processo com compressas frias nas mamas. Calor sem frio, provoca mais ingurgitamento.

Ordenha do leite materno

A ordenha consiste na retirada do volume excessivo de leite das mamas e pode ser feita de forma manual ou com o auxílio de acessórios.

Além de prevenir ou aliviar os sintomas do ingurgitamento mamário, o leite ordenhado pode ser estocado e ofertado à criança quando a mãe estiver fora ou mesmo doado a um banco de leite. 

A retirada manual é a mais indicada por ser feita com maior facilidade e sem riscos de lesões nos mamilos. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda os seguintes passos para a ordenhar o leite que será armazenado:

  • Escolha um local tranquilo, limpo e sem a presença de animais;
  • Tenha à disposição um recipiente corretamente higienizado para recolher o leite;
  • Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço;
  • Evite conversar durante a retirada ou use uma fralda para cobrir a boca;
  • Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque com uma toalha limpa;
  • Massageie as mamas com as pontas dos dedos   começando na aréola (parte escura da mama) e, de forma circular, abrangendo toda mama;
  • Coloque os dedos polegar e indicador no local onde começa a aréola;
  • Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo;
  • Comprima suavemente um dedo contra o outro, repetindo esse movimento várias vezes até o leite começar a sair;
  • Despreze os primeiros jatos ou gotas e inicie a coleta no frasco.

Vale lembrar que a orientação do obstetra e do pediatra é de extrema importância para uma amamentação tranquila em que mãe e bebê possam desfrutar de todos os benefícios.

Amamentação: Mitos e verdades sobre alimentação da mãe e saúde do bebê

amamentacao

Há inúmeros estudos que comprovam a importância e os benefícios da amamentação para a criança, especialmente nos primeiros seis meses de vida, idade recomendada pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde para iniciar a introdução de outros alimentos, inclusive água.

No entanto ainda existe muita desinformação a respeito da amamentação, o que leva a baixos índices de alimentação exclusiva com leite materno.

Dados do Datasus (Departamento de Informática do SUS) divulgados pela FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, mostram a queda dos percentuais de aleitamento exclusivo no primeiro mês de vida (60,7% dos bebês) e ao completar 6 meses (apenas 9,3% dos bebês).

Produção do leite materno

As mamas são uma estrutura complexa cuja função biológica é produzir leite para amamentar os bebês. Nela estão presentes os lobos (glândulas) mamários, alvéolos (uma espécie de saquinho) e ductos (canais), responsáveis por produzir e armazenar o leite.

A lactogênese (formação do leite materno) é dividida em três fases:

  • Fase I: preparação da mama durante a gestação através de mudanças hormonais. O organismo se adapta à nova condição da mulher, iniciando a formação do colostro (primeiro leite) após a 16ª semana de gravidez. 
  • Fase II: Ocorre logo após o nascimento da criança (de 3 a 4 dias) quando a produção láctea aumenta e ocorre a chamada “descida do leite”.
  • Fase III: também denominada de galactopoiese, é a fase que irá perdurar por toda a lactação. Sua duração depende da sucção do bebê e esvaziamento adequado da mama.

À medida que a criança mama, os hormônios se articulam para produzir mais leite, mas o processo também é influenciado por estímulos condicionados como visão, cheiro e choro da criança, e fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranquilidade. 

Mitos e verdades sobre amamamentação

As condições de saúde e, principalmente, a alimentação da mãe têm grande importância para a amamentação. Muitas dúvidas podem surgir nessa fase da maternidade, principalmente pela falta de informação ou por informações incorretas. Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre esse assunto:

A mulher sente mais fome e sede durante a amamentação?

Verdade! Para produzir leite o organismo precisa de calorias e líquido além do normal. Por isso é importante manter uma dieta balanceada e saudável e beber bastante água.

Canjica branca aumenta a produção leite?

Mito! Não existe nenhuma comprovação científica de que determinados alimentos aumentem o volume de lactação da mulher. Basta que a ela tenha uma alimentação adequada, beba bastante líquido e que o bebê faça a mamada com posição e pegada correta.

Além disso é fundamental que a mãe descanse bastante e tenha um ambiente tranquilo, sem ansiedade e com apoio familiar.

O leite da mãe tem tudo que o bebê precisa?

Verdade! Mesmo que a lactante tenha uma dieta com menos calorias e nutrientes necessários, a composição do leite terá a quantidade de calorias, proteínas, gordura e anticorpos necessários para o bebê. Apenas nas mães com desnutrição grave pode ocorrer algumas alterações.

Existe leite fraco?

Mito! Não existe leite fraco ou forte, ele é sempre adequado para a criança. Inclusive, há estudos que apontam sua adaptação caso a criança tenha algum problema como uma infecção, por exemplo.

Na grande maioria das vezes em que as mães se queixam de produzir pouco leite ou acham que o alimento não está sendo suficiente para o bebê o problema está relacionado à mamada incorreta ou a uma percepção distorcida devido à cobrança e comentários de familiares, que acabam gerando insegurança na mulher.

Tudo que a mãe consome passa para o leite?

Verdade! No que se refere aos alimentos, de forma geral, não é necessário suspender o consumo de nenhum item, mas a mãe deve observar caso algum ingrediente gere efeito na criança e conversar com seu ginecologista ou com o pediatra.

Porém, no que se refere à ingestão de álcool e outras substâncias químicas, é totalmente contraindicado no período de amamentação. Até o uso de medicamentos só deve ser feito sob orientação médica.

Mudanças da mama na gravidez e dicas de cuidados

mudanca_mama_gravidez

O período de gestação é um momento único para a mulher, carregado de emoções e mudanças no seu corpo. A principal delas é o crescimento da barriga, em virtude do desenvolvimento do neném.

Porém, as mamas também passam por transformações por que começa a se preparar para cumprir sua principal função: produzir leite para alimentar os bebês, ou seja, amamentar.

Principais alterações nas mamas

Muitas vezes elas são a primeira parte do corpo a manifestar as diferenças trazidas pela gravidez, porém não há necessidade de preocupação. Todas as mudanças abaixo são perfeitamente normais:

  • Aréola e mamilos mais escuros:  isso ocorre porque as alterações hormonais causam um aumento na produção de melanina, substância responsável pela pigmentação da pele.  No entanto, a coloração da região volta ao normal alguns meses após o nascimento do bebê.
  • Hipersensibilidade: as mamas ficam doloridas por conta do início da produção de leite, que causa uma sensação de inchaço.
  • Estrias: o aumento rápido no tamanho das mamas pode ocasionar o rompimento das fibras da pele, causando estrias.
  • Vazamento de leite: algumas mulheres têm um grande volume de lactação, por isso o colostro (primeiro leite materno) pode aparecer no terceiro trimestre, principalmente nas últimas semanas.
  • Veias mais aparentes: da mesma forma que as mamas ficam mais sensíveis  devido ao seu aumento, as veias ficam mais aparentes, uma vez que a pele está se adaptando ao novo formato dos seios.

Cuidados com as mamas na gravidez

A atenção com as mamas deve começar já no início da gravidez e continuar durante todo o período de amamentação, que varia de uma mulher para outra ou mesmo de um filho para o outro.

Alguns cuidados são fundamentais para evitar desconfortos e garantir que as mamadas sejam tranquilas tanto para a mãe quanto para o bebê. Veja alguns deles:

  • Banho de sol: o recomendado é tomar sol diretamente sobre a pele (sem roupas) durante 15 minutos diários, sempre antes das 10h ou após as 16h, passando protetor solar em toda a região dos seios, exceto na aréola e mamilos.
  • Produtos de higiene: o uso de produtos como sabonete e hidratante poder remover a hidratação e proteção natural da área. O ideal é lavar somente com água.
  • Roupas: deve-se deixar os mamilos expostos ao ar o máximo de tempo possível. Isso evita a proliferação de fungos e o surgimento de fissuras. Se não for possível deixá-los à mostra, procure usar roupas leves, que não deixem a região muito abafada.
  • Massagem: massagear os seios é importante tanto para a preparação quanto durante o período de amamentação. A ação melhora a circulação sanguínea e nos ductos lactíferos, amenizando dores e evitando o ingurgitamento (empedramento) do leite materno.

Se você já é mãe ou está gestante compartilhe sua experiência conosco. Deixe seu comentário!

Anticoncepção / Métodos Contraceptivos

Os casais hoje, devido aos vários métodos contraceptivos disponíveis, podem planejar quando e quantos filhos desejam ter e em qual momento de suas vidas a gravidez deve acontecer. Ainda hoje, em adolescentes, o controle de natalidade é precário ou inexiste. O nível sócio econômico também é um fator importante. Muitas vezes, em comunidades carentes, a gravidez é uma forma de adquirir prestígio e respeito no meio em que vivem. É um “olhar a mais”.

Entre os vários métodos disponíveis hoje, estão presentes métodos reversíveis e métodos irreversíveis.

Métodos Reversíveis:

Métodos de barreira

  • Preservativo Feminino – É um método eficaz para prevenir DST (Doença Sexualmente Transmissível). É uma bolsa cilíndrica, feita de plástico fino, com um anel flexível em cada extremidade. A parte fechada é introduzida na vagina e fica próximo ao colo do útero.
  • Preservativo Masculino – É feito de látex, muito acessível, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde. É o melhor método para prevenção de DST. Deve ser armazenado e usado de forma correta, deve ser retirado após o uso com o pênis ainda ereto, diminuindo assim o índice de falhas.
  • Diafragma – É um aro flexível, em forma de capuz, que deve ser introduzido na vagina e cobrir o colo uterino, antes das relações sexuais. Impede a ascensão dos espermatozóides no útero. Existe vários tamanhos, a escolha correta deve ser avaliada pelo ginecologista.
  • Espermicida – São produtos químicos disponíveis em tabletes de espuma, gel ou creme. Causam ruptura da membrana celular dos espermatozóides, desta forma altera os movimentos e também pode causar a morte destes. Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual.

 

Métodos Contraceptivos Hormonais

  • Contraceptivo Oral (Pílula) – Método onde comprimidos contendo hormônios são administrados via oral.
  • Contraceptivo oral combinado – Comprimido contendo hormônio Etinilestradiol e Progestágenos. Inibem a secreção de gonadotrofinas, impedindo a ovulação.

Existem vários tipos de contraceptivos orais no mercado, e como qualquer medicamento, pode ter efeitos adversos. Mulheres obesas, tabagistas e hipertensas que usam pílula (contraceptivo oral), tem risco aumentado para acidente vascular cerebral, tromboembolismo venoso e infarto agudo do miocardio. É recomendável uma avaliação pelo médico ginecologista, para indicação de uma pílula que tenha menos paraefeitos.

 

Anticoncepcionais com Progestágenos

  • Progestágenos Isolados – É uma pílula que contém desogestrel 75mg, este dificulta a ascensão dos espermatozóides, torna o muco cervical espesso e inibe a ovulação. Pode ser usada durante a amamentação e nas mulheres que não podem usar estrogênio. Seu uso é contínuo.
  • Minipílulas – Pílulas contendo acetato de noretindrona e levonorgestrel. São usadas em mulheres durante a amamentação, mas o índice de falhas é grande.

 

Anticoncepcionais injetáveis

Combinados (estrogênio + progestógeno) ou progestógeno isolado.

São ampolas contendo hormônios para aplicação intramuscular (IM), profunda na nádega ou no deltóide. Podem ser de uso mensal ou trimestral. A primeira dose deve ser aplicada nos primeiros cinco dias da menstruação (até o quinto dia do ciclo). É um método reversível, mas o retorno à ovulação (fertilidade) é um pouco mais demorado.

 

Contracepção de Emergência (“Pílula do dia seguinte”)

É uma pílula contendo 1,5mg de levonorgestrel, que deve ser administrada pela via oral. É dose única. Deve ser ingerida preferencialmente até 72 horas (3 dias) depois da relação sexual desprotegida. Após a administração, usar preservativo até vir o sangramento, para reiniciar com outro método contraceptivo. O sangramento pode ocorrer de 1 a 4 semanas após o uso da pílula. A pílula do dia seguinte não deve ser usada rotineiramente. Evite tomar repetidas vezes.

 

Adesivo Transdérmico

É um adesivo contendo hormônio etinilestradiol e um progestágeno, coloca-se sobre a pele seca. Pode ser aplicado no abdome inferior, na parte superior das nádegas ou na parte externa do braço. Usa-se um adesivo por semana, por três semanas consecutivas, pausa de uma semana. O primeiro adesivo deverá ser aplicado no primeiro dia da menstruação. Deve-se fazer rodízio semanal dos locais de aplicação.

 

Anel Vaginal

Anel transparente que contém hormônio etinilestradiol e etonogestrel. Tem diâmetro de 54mm e espessura de 4mm. O anel deve ser introduzido na vagina em forma de “8”. Iniciar o uso entre o 1º e o 5º dia do ciclo por 3 semanas, retirar após. Pausa de 7 dias para nova colocação.

 

Implante Subdérmico

O implante subdérmico é um bastonete que contém progestágeno. Existe 2 tipos. Dependendo do tipo de hormônio usado, um tem duração de 3 anos e o outro entre 2 a 5 anos. O implante vem com um aplicador específico e deve ser introduzido na face interna do braço, abaixo da derme, sob anestesia local. O maior inconveniente do método é o sangramento irregular.

 

SIU (Sistema Intrauterino)

É um endoceptivo, sistema intrauterino que libera hormônios levonorgestrel. Deve ser inserido pelo ginecologista. Diminui o sangramento do fluxo menstrual. Tem validade de 5 anos. Pode ser usado como tratamento para mulheres que apresentam sangramento uterino aumentado (metrorragia) idiopático. Excelente método para adolescentes que não desejam menstruar.

 

DIU (Dispositivo intrauterino)

DIU de cobre é uma estrutura de polietileno que é inserido no interior do útero. Varia de 5 a 10 anos. Dependendo do tipo de DIU vai para 5. É um bom método de contracepção com baixo índice de falhas. Em algumas mulheres com o uso do DIU de cobre, pode ocorrer aumento do fluxo menstrual e cólicas mais intensas. A durabilidade depende do tipo de DIU.

 

Métodos Irreversíveis:

Contracepção cirúrgica

  • Ligadura Tubária – Contracepção cirúrgica feminina, por obstrução cirúrgica impede-se o transporte do óvulo.
  • Vasectomia – Contracepção cirúrgica masculina, é a ligadura do ducto deferente, pode ser feita com anestesia local.

Após o procedimento durante os 3 primeiros meses usar outro método contraceptivo. Deve-se realizar um espermograma para comprovar a efetividade da cirúrgia. É um método seguro. Não afeta o desempenho sexual masculino.

 

Gostou? Comente qual método você usa ou gostaria de usar.