Dra Luciara Batista — Ginecologista e Obstetra

Por que mulheres têm mais infecção urinária?

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A infecção urinária acontece quando bactérias acometem o trato urinário, ela pode ser de três tipos: uretrite (uretra), cistite (bexiga) ou pielonefrite (rins). 

Sua causa deriva de diferentes microorganismos, mas na maioria dos casos está relacionada à bactéria  Escherichia coli, que faz parte da microbiota intestinal.

A mulher tem 50 vezes mais chance de ter o problema do que o homem. Essa alta frequência acontece devido à facilidade das bactérias migrarem da região perineal para a vulva e à proximidade da vagina com a uretra, facilitando a chegada dos germes até a bexiga.

As relações sexuais, variações de níveis de estrogênio (principalmente na menopausa) e alterações na flora vaginal também facilitam o processo infeccioso.

Sintomas de infecção urinária

Os principais sintomas são:

  • Ardência ao urinar;
  • Sentir vontade mas não conseguir urinar;
  • Urgência miccional (ir ao banheiro toda hora);
  • Urina avermelhada ou com sangue;
  • Urina com alterações de cheiro;
  • Dores no baixo ventre;
  • Febre, quando acomete os rins.

Quando a infecção se instala nos rins provoca também dor nas costas e pode ser confundida com lombalgia. No entanto, a pielonefrite também costuma desencadear calafrios, apatia, cansaço e prostração.

Infecção urinária de repetição

Algumas mulheres passam por este problema com muita frequência, cerca de três, quatro, até cinco vezes por ano. Nestes casos, além de tratar a infecção já instalada é necessário adotar medidas preventivas que podem incluir o uso de medicação.

Como prevenir a Infecção Urinária

O primeiro passo para prevenir o surgimento de uma infecção urinária é beber bastante água. Recomenda-se pelo menos 2 litros por dia, mas essa necessidade pode variar de acordo com o clima e realização de atividades físicas, por exemplo.

Outra forma de prevenir é ir ao banheiro sempre que sentir vontade. O hábito de prender a urina faz com que as bactérias fiquem por mais tempo concentradas no trato urinário, dando a elas mais chance de afetar as condições de saúde.

Também é importante fazer a higiene íntima corretamente, usar o papel higiênico sempre no sentido de frente para trás (da vulva para o ânus) e urinar logo após a relação sexual.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico inicial é feito através da análise do histórico da paciente e relato dos sintomas. No entanto é fundamental fazer uma cultura (exame de urina) para identificar o tipo de microorganismo que está causando o problema.

O tratamento geralmente é feito com antibióticos, mas deverá sempre ser orientado pelo médico.